sábado, 1 de maio de 2010

Talvez Sozinho.


O ar macabro, o deserto escuro, o barulho do vento uivando, as assas da curuja batendo, a solidão, o coração bate forte, a lua não aparece para dar um doce 'toque' no céu, uma floresta de folhas caidas e você se pondo em outro mundo. Comecei com um barulho inocente do vento e terminei num outro mundo. Luís Fernando veio na minha cabeça, lembrei-me da valsa, começa com alguns passos e termina num assassinato, mas ele só queria uma valsa. Talvez eu seja como Veríssimo. Não, estou querendo demais. Talvez eu queira ser Veríssimo. Talvez eu seja só como Coraline, tentando fugir um pouco do mundo. Mas na verdade meu mundo está bem. Talvez eu tenha só viajado um pouco. Talvez você não entenda o lado de alguém que queira fugir de um mundo que você olhando julgue tão perfeito, mas olhar não significa sentir. Então com certeza você já esteve rodeado de pessoas mas parecia não ter ninguém. Se colocou numa multidão em que ninguém olha pra você. Por isso entenda, mas se não entender tudo bem, quando você se sentir sozinho assim, entenderá. Mas olhe pra mim de novo, eu comecei tudo isso com um ar estranho e termino assim.

2 comentários:

Jaqueline Oliveira disse...

Achei ótimo o texto. Mas tenho uma dúvida...q deserto é esse que tem floresta? Ou é só licença poética?

Estou te seguindo...me segue também!

http://incomum-emcomum.blogspot.com/

Marc disse...

Um deserto escuro, indica a intensidade do escuro e o seu vazio :)