terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Magia.
Pode começar com um simples olhar, um abraço, um cumprimento, uma troca de palavras... pode ser que você sinta na pele, que corra nas tuas veias, que invada teu corpo ou te faça mexer minimamente a pontinha do pé como um sinal que o outro olhe ali, bem onde você quer. Toda a eletricidade de um ser canalizada num único ponto que ao toque pode expremir um choque lever, mas de extremecer teus musculos ao ponto que você perca completamente o controlhe de aquilo que você considera seu... Sua mente, seu corpo... Tem outro dono agora. Um novo capitão. O fogo tomou conta de você, tão quente que o suor que escorria pela sua pele evaporou. A saliva da boca, que ainda é sua, secou. O barulho é respiração forte, coração batendo e pele sobre pele. A luz que se tem vem do brilho dos olhos nos quais se enxergam fundo uma alma calada por sair. E o tato se fazendo essencial e presente no meio da escuridão a qual seus olhos estão acostumados. É pura dança de domínio e unhas se alternando numa batalha doce e precisa, na qual todos os lados saem ganhando. Usando o cotornar das pontar dos dedos para descobrir uma nova fagulha que contorça sua coluna já não não sustenta tanto peso de vida. Os dentes que eram usados para mastigar um ego desconhecido, agora comprimem uma pele salgada e dela arrancam o gosto que querem e um leve suspiro.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Liberdade.
O espirito de liberdade que entrou em contato com a alma esses tempos ainda não está satisfeito. Ele quer buscar os novos amigos, quer sentir a adrenalina correr no sangue fervente, quer beijar, quer abraçar o mundo, quer sentir como é ser alguém que gostaria de ser, quer viver a dança daquela noite estranha, quer arranhar peles, quer enlouquecer, quer soltar o corpo e deixar cair; quer muito mais do que o corpo está podendo dar... Anda querendo sair de casa e se manter longe dos que já conhece há tempos... Quer vozes novas pra ouvir, quer sentir respirações novas e não quer se apaixonar. Amar? Só os amigos. Gostar? Só dos conhecidos. Pirar? Com todos eles. Buscar a música que gritar mais alto e que esquente o coração mais rápido.
A cabeça pirada, a pele arrepiada, o cabelo fora da cabeça, o sorriso mais verdadeiro no rosto, as unhas pintadas de preto, a pele fria e branca de sempre. O vento necessário pra levar embora o medo, as antipatias e trazer a alucinação, a loucura, a novidade, a descoberta, e que essa tenha um novo sabor na sua boca.
A cabeça pirada, a pele arrepiada, o cabelo fora da cabeça, o sorriso mais verdadeiro no rosto, as unhas pintadas de preto, a pele fria e branca de sempre. O vento necessário pra levar embora o medo, as antipatias e trazer a alucinação, a loucura, a novidade, a descoberta, e que essa tenha um novo sabor na sua boca.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Notas de vida.
Te perguntam o que é a música pra você. Nunca sabe responder. Nunca sabe definir. Deve ser pelo motivo de não se saber definir a vida. A música na verdade é a vida. A música é a união de notas, união de instrumentos, união de melodias. Cada melodia é uma história pra contar; Cada instrumento é uma parte da vida das pessoas.
O acorde do violão é o mar oscilando, batendo na orla da praia, indo e voltando, levando e trazendo os sentimentos, a calmaria. A flauta é o doce sorriso de uma criança, a doçura mais pura e verdadeira. Os solos de bateria, a loucura, o desespero, o sair da linha, o fugir. A guitarra é o sexo, a intensidade, o arrepio na pele, as unhas na pele. O acordeon é o dançar que toma conta do corpo, o rodopio que insiste em sair de seus pés, o sonho. O baixo é a base, a família; no conjunto da obra por vezes você não nota a presença dele ali, porém, ele ali faz toda a diferença. O teclado é o romantismo, o amor. O ukelele é a nova vida, o filhote. A cuíca é o gemido de dor de um coração despedaçado. O pandeiro é o rebolado. O saxofone é a descrição do prazer, o deslizar das mãos no corpo do outro. O chocalho é a chuva que lava as almas, que faz treme a calha do telhado. E por fim o triângulo; que é só um único som; que é o único pequeno brilho, o sorriso, o detalhe que faz a vida toda valer a pena.
domingo, 21 de agosto de 2011
Melhor.
Poucas e pequenas coisas dessa vida a deixava feliz, ela buscava fazer uma lista dessas coisas para nunca se esquecer, não precisava ser por intensidade, não precisava ser grande, só precisava que fosse para que ela nunca deixasse de realizar. Começou por dançar chacoalhando a cabeça; falar bobagens; rodopiar; soltar-se; sentir-se livre; segurar mãos; fechar os olhos e gritar canções; discutir a paz; falar de amor; contar seu dia; abraçar; sorrir; olhar o céu; contas suas histórias do fim de semana; escutar a vida dos outros, confortar; ser confortada... Mas notou que se fizesse tudo sozinha não teria graça alguma. Que se estivesse sozinha nesses momentos que eram os únicos que a faziam feliz, nem sua pouca felicidade existiria mais. Notou que na verdade, não eram os momentos. Eram as suas companhias. Não era o dançar chacoalhando, nem o falar, nem o rodopiar, nem o segurar as mãos que a faziam feliz. Eram as pessoas com quem ela estava fazendo aquilo. Sem essas pessoas nada teria a magia que tinha. E com elas até a calçada do boteco sujo, tinha magia. Ela rasgou sua lista. E começou uma nova e melhor. Chamou-a de "Amigos", para que nunca pudesse esquecer deles.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Conselho.
Se o que você sempre quis foi um conselho, aqui vai... Prepare-se. Pode ser tudo que você sempre quis escutar, pode ser tudo que você tinha medo só de imaginar. Presta atenção. Vai sair. Tomar um ar de graça, vai sorrir pra sentir amada, vai correr pelo mundo a fora, vai viver que a vida não demora, vai sonhar com doces de padaria, vai comprar um doce de padaria, vai chorar as lágrimas da vida, as rasteiras, as angustias, as coisas loucas. Vai sambar, se solta. Solta esse cabelo, tira esse sapato, bota o pé no chão, mas depois tira, vai viver essa ilusão. Bota a vida na corda bamba, deixa ela escorregar. Bota o cabelo no ar, toca o céu com as mãos, fecha esses olhos e começa a voar. Não se esquece de ler, mas vai ler um livro animado. Chega de romances meia boca, de comédias muito loucas. Vai ler o que os teus amigos escreveram daquela noite louca, longa, bela noite. Vai sorrir a vida dura, vai cantar a noite toda. Esquece o senso numa boa e vai rodar feito uma louca. Te anima, minha mina. Sobe nas costas dele, segura aquela mão, aperta e beija aquela boca, diz que é louca e para de andar sozinha. Vai pra praia, vai tomar banho de mar e vibra louca pro dia raiar. Solta um palavrão, até 2, deixa a raiva pra lá. Esquece a tristeza, principalmente a que não for sua. Para de citar Clarisse Lispector, Florbela Espenca, Caio Fernando, Vinícius e vai se citar, se situar. Não deixa que te ensinem o que é o amor, vai amar. Vai sentir. Não deixa o medo tomar conta de você. Não nega nunca o teu amor pelo samba, aquele samba da lapa. Não nega o teu rock, teu sex pistols, teu punk, teu hardrock. Para de tentar agradar os outros. Quem te amar de verdade vai amar cada espinha no teu rosto. Olha no outro do outro. Anda na chuva, corre com os moleques, joga futebol. Quer mudar? Muda. O Arnaldo Antunes trocou o moicano pelo terno. E nem deixou de ser ele.
Não esquece agora do que eu te falei. Vive a vida. Sem medo. Nada mais.
domingo, 13 de março de 2011
Ritmo.
Tudo em ritmo, sintonia. Tudo produz um som incrível, seus dedos nos tecidos, seus cílios se tocando, seus lábios um no outro, seu coração a bater, sua respiração confusa na minha e aquela música difusa no fundo dando o ritmo para que meus dedos percorressem sua pele quente.
Perder o compasso da minha cabeça, dos meus pensamentos, da minha razão. Mesmo que pareça pisar devagar nesse chão, minha vontade é exagerar, deixar correr qualquer bobagem, qualquer besteira, deixar sair do foco, refletir confuso ou não refletir, só absorver seu brilho, absorver você. Já me contaram histórias bonitas, mas nunca tiveram o peso da realidade em mim. Por que elas nunca aconteceram, não do mesmo jeito, não teve a mesma forma, nunca vai ter. Mas pra que? Nunca quis um conto de fadas. Quis só o coração na mão, desenhar com os dedos numa mesa fria, fechar os olhos pro mundo, andar sozinha, ler, escrever, não deixar que me desvendem, mas também encontrar seus dedos no meio da mesa, encontrar seus olhos quando eu abrisse os meus, sentir seus braços me fazerem companhia, parar de ler, descobrir que há mais em mim do que eu pensava ter e que você quem descobriu. Abrir para o mundo todo o som, o meu som, o ritmo das horas, do relógio, do sol, o calor, o frio e a inconstância do coração.
Perder o compasso da minha cabeça, dos meus pensamentos, da minha razão. Mesmo que pareça pisar devagar nesse chão, minha vontade é exagerar, deixar correr qualquer bobagem, qualquer besteira, deixar sair do foco, refletir confuso ou não refletir, só absorver seu brilho, absorver você. Já me contaram histórias bonitas, mas nunca tiveram o peso da realidade em mim. Por que elas nunca aconteceram, não do mesmo jeito, não teve a mesma forma, nunca vai ter. Mas pra que? Nunca quis um conto de fadas. Quis só o coração na mão, desenhar com os dedos numa mesa fria, fechar os olhos pro mundo, andar sozinha, ler, escrever, não deixar que me desvendem, mas também encontrar seus dedos no meio da mesa, encontrar seus olhos quando eu abrisse os meus, sentir seus braços me fazerem companhia, parar de ler, descobrir que há mais em mim do que eu pensava ter e que você quem descobriu. Abrir para o mundo todo o som, o meu som, o ritmo das horas, do relógio, do sol, o calor, o frio e a inconstância do coração.
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