sábado, 18 de dezembro de 2010

Chuva


O céu tão cinza me avisava o que estava pra chegar, o vento gélido, o sol escondido, as pessoas e seus agasalhos, guarda-chuvas, livros na cabeça e uma correria. Eu? andando devagar, quase parado. Em meio a uma rua de gente atormentada pedia que a chuva levasse em embora minha tristeza, levasse minha alma, trouxesse de volta o que eu era. As primeiras gotas saldaram meu rosto, meu braços abriram-se como instinto, meu rosto se inclinou ao céu. A chuva veio cair sobre mim. Aquele inverno seria glorioso. Eu seria uma nova, adoraria aquele frio e cuidaria de você, da sua febre, sua cabeça e seu coração. Te abraçarei e escutarei aquelas músicas que só você entende o meu amor por elas, o meu samba calmo de Chico. O único calor será os dos nossos corpos e o único amor, o nosso. Peço que essa chuva venha todo o inverno, pra que eu possa ficar por perto, pra que meu corpo agradeça esse frio, pra que as pessoas possam deixar-se molhar por ela e que o barulho dessa chuva seja infinito, por que eu tenho esse amor de inverno pra cultivar. São 3 meses, mas no fim não vá embora, por que ai vem a primavera e você precisa ver todas as cores e sentir o cheiro dessas flores que descansaram o ano inteiro pra sua estação, como eu.

2 comentários:

Ana Lídia disse...

sabe, aqui está chuvendo agora rs
passa no meu ?
http://absintoamor.blogspot.com

beijos

Universo Tiras disse...

adorei o texto, mt bom!

visite > http://universotiras.blogspot.com