domingo, 3 de outubro de 2010

Permissão.

Sentado, um copo do lado, ele puxou um pouco o ar. Não estava bêbado, estava tonto, com tanta coisa que lhe passava pelo vento. Eram tantos pensamentos, tantas pessoas, tantos pés… Olhava para baixo, tinha medo de encarar e se apaixonar, não se permitia sentir, não se permitia gostar, não se permitia tocar, não se permitia provar, não se permitia… O oceano refletindo o luar, bem no fundo, de todo aquele plano de fundo, as luzes da cidade estavam todas ligadas, pareciam estrelas daqueles seu mundo…Brilhavam sobre seus olhos. Pensou que outra coisa a que ele não se permitia, a troca. A troca de toque, de amor, de amigos, de companhias, de ares, de viveres, nem de figura de linguagem ele trocava… Sempre o Polissíndeto, a repetição.Em todas as suas linhas, escritas e grafadas, notas esquecidas. Ele nem ele era. Era ela, tentando se esconder de que a via ali, quem a lia ali, quem a percebia. Ela nunca sentou e olhou pro oceano no escudo do alto de um monte vendo luzes de cidade alguma brilhando nos seus olhos. Mas ela se permitiu imaginar.

6 comentários:

Anônimo disse...

Que show o post ! adorei o blog !
Estou ajudando uma amiga minha com a divulgação do blog dela, ficarei grata se puder seguir e comentar !
http://gihcamp.blogspot.com/

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Talitaa disse...

uau adorei o post
mt profundo hein??parabéns
pelo blog e pelo post

www.socloserbaby.blogspot.com

May Galdino disse...

Perecia que eu estava lá!
bjO

Samara Roque disse...

Gostei muito do post.

Almeida José disse...

E ai, tudo bom?

É a primeira vez que eu passo por teu blog, pequena.Ficou muito bom o teu texto, na verdade me identifiquei com o personagem.

É difícil achar blogs como o seu por aí: simples e com bons contos.
Parabéns pelo teu trabalho, esterei te seguindo.

;D

é nozes,

Grande Urso
www.ograndeurso.blogspot.com