Chuva

O céu tão cinza me avisava o que estava pra chegar, o vento gélido, o sol escondido, as pessoas e seus agasalhos, guarda-chuvas, livros na cabeça e uma correria. Eu? andando devagar, quase parado. Em meio a uma rua de gente atormentada pedia que a chuva levasse em embora minha tristeza, levasse minha alma, trouxesse de volta o que eu era. As primeiras gotas saldaram meu rosto, meu braços abriram-se como instinto, meu rosto se inclinou ao céu. A chuva veio cair sobre mim. Aquele inverno seria glorioso. Eu seria uma nova, adoraria aquele frio e cuidaria de você, da sua febre, sua cabeça e seu coração. Te abraçarei e escutarei aquelas músicas que só você entende o meu amor por elas, o meu samba calmo de Chico. O único calor será os dos nossos corpos e o único amor, o nosso. Peço que essa chuva venha todo o inverno, pra que eu possa ficar por perto, pra que meu corpo agradeça esse frio, pra que as pessoas possam deixar-se molhar por ela e que o barulho dessa chuva seja infinito, por que eu tenho esse amor de inverno pra cultivar. São 3 meses, mas no fim não vá embora, por que ai vem a primavera e você precisa ver todas as cores e sentir o cheiro dessas flores que descansaram o ano inteiro pra sua estação, como eu.

Livro.

Companheiro de cabeceira, de aventuras, de sonhos, se momentos, de arrepios, de suspiros, irritações, animações, excitações, imaginações, transformações... Que eu tenha em ti um desses, nem que seja só pro sono, que você me acompanhe nele. Tenho tido em livros as melhores companhias, preenchem o vazio que há em certos espaços com suas figuras, seus mistérios, suas descobertas, suas citações. Tenho me apaixonado por seus mocinhos misteriosos, me perdido nos seus casarões, chorado em suas páginas aos me encontrar em uma certa personagem, aquela que ninguém nota. Olho suas páginas, não vejo figuras, terei que imaginar tudo, melhor assim, imaginarei todos os meus novos amigos. Você não os descreve, melhor ainda, crio-os com as afeições que eu gosto. Só não me venha sem nada escrito, que uma história inteira eu não posso imaginar. Seus donos, famosos, anónimos, atônitos, loucos... Me tocaram a alma com tanta certeza como um amar. Não deixe que outros leitores acabem com tua magia, não deixe que te deixe de lado. Eu tenho em você minha "vida" por umas horas, uns dias... Tua magia em mim, me embrulha o estômago por que agora a moça deixou o rapaz sem respostas e saiu pela rua nua.

Detalhes e discursos.

Ela me escrevia partituras difícieis de entender. Me mandava cartas, flores, papeis de chocolates, doces coloridos(nenhum verde), ingressos de cinema, fotos, filmes, palhetas... Todos vinham com bilhetinhos, como, você me deu isso no dia tal, você adorava isso, isso aconteceu no dia tal, você ria com isso, você tocava tal música... Queria dizer a ela, eu me lembrava de tudo. Das balas, nunca verdes, que eu gostava; das músicas, dos momentos, dos filmes, das promessas... Queria dizer, mas não podia, por que ela pararia com tudo. Diria que sou indelicado, por que eu fingia não saber, não lembrar. Mas se eu falasse ela nunca poderia me lembrar como era o seu beijo, como era está perto dela, como era tocar aquela pele, como era a respiração dela, como ela era dormindo, como era a risada dela... Ela achava, não sei por que que eu a queria distante, eu a desejava tão perto de mim. Quanto mais ela sumia, mas eu a queria perto de mim. Queria ouvir aqueles discursos de 30 minutos que ela tinha decorrado sobre a política, o clima, os músicos, os barulhos, o cinema, as guerras... Eu lembrava daquele caderno cheio de textos, fotos, desenhos e polissindetos. Aquelas músicas escritas que eu cantava pra ela. Adorava sua voz e todos os seus discursos, mas normalmente sempre que eu a encontrava ela estava calada. Me lembrava tanto daquele rosto envergonhado.

Melodia

Um pouco perto do mar, quase tocando a água, seus olhos pousaram sobre as estrelas enquanto seu corpo se debruçava sobre a areiae sua cabeça repousava sobre a mochila, cheia de histórias, sentimentos e cheiros, que ele carregava de todos os lugares por onde passavaem seus sonhos, seus pensamentos. A fogueira, que aquecia seu corpo, secava os galhos e os fazia quebrar e o som que se ouvia lhe assustava. Porém, o barulho das ondas e do vento lhe acalmavama alma há pouco roubada por um novo amor, a música, as letras, as descobertas e todas aquelas melodias que lhe arrepiavam o corpo, tocava a pele e fechavam os olhos. Há cada um que passava ela atribuia um brilho, uma história e um sentimento. A raiva de um, a tristeza do outro, o sorriso, a vergonha, o desespero... Tudo se tornara tão maravilhos que escondia sua tristeza. Fechou os olhos e dormiu, ao som da sua própria melodia.

Permissão.

Sentado, um copo do lado, ele puxou um pouco o ar. Não estava bêbado, estava tonto, com tanta coisa que lhe passava pelo vento. Eram tantos pensamentos, tantas pessoas, tantos pés… Olhava para baixo, tinha medo de encarar e se apaixonar, não se permitia sentir, não se permitia gostar, não se permitia tocar, não se permitia provar, não se permitia… O oceano refletindo o luar, bem no fundo, de todo aquele plano de fundo, as luzes da cidade estavam todas ligadas, pareciam estrelas daqueles seu mundo…Brilhavam sobre seus olhos. Pensou que outra coisa a que ele não se permitia, a troca. A troca de toque, de amor, de amigos, de companhias, de ares, de viveres, nem de figura de linguagem ele trocava… Sempre o Polissíndeto, a repetição.Em todas as suas linhas, escritas e grafadas, notas esquecidas. Ele nem ele era. Era ela, tentando se esconder de que a via ali, quem a lia ali, quem a percebia. Ela nunca sentou e olhou pro oceano no escudo do alto de um monte vendo luzes de cidade alguma brilhando nos seus olhos. Mas ela se permitiu imaginar.

Antecipando.

Sempre antecipando, um sofrimento, uma dor, uma falha, uma fala, uma alegria, uma idade, uma oportunidade, uma experiência, uma sorte... O tempo passa no cronológico sendo igual pra todo mundo, mas pra você passa mais devagar só pra você, então você não se contenta a viver o que lhe aparece para viver, quer viver o futuro, o proibido pra você, o impossível, o difícil, o perigoso, o que tem que ser escondido, o que foge dos padrões... Aquilo que você não acha errado por que todos fazem. Mas na verdade, essas são coisas da idade. De criança você quer descobrir o mundo, adolescente você quer se mostrar adulto, de adulto você quer se voltar adolescente e de idoso você aprende a viver só o presente, por que já viveu tudo que antecipou viver e agora vê que perdeu o tempo de viver o que tinha pra viver. Mas na verdade a adrenalina corre suas veias, arrepia seu corpo e estremece, isso sim ti deixa feliz, te faz sorri incontrolavelmente pra você sentir vontade de antecipar tudo.

Repensar.

Como num pequeno frasco, seus pensamentos vão enchendo sua cabeça até que transbordam por seus olhos como lágrimas, sua boca como gritos, seus ouvidos como a perturbação de uma confusão infernal que não lhe deixa entender o sai de você no momento... As palavras se misturam e mais parecem sussurros de um mundo inteiro. Chega a hora e o momento certo de esvaziar a mente, estranho seria se existisse um jeito fácil e tranquilo pra isso. O único jeito que você encontra é ocupá-la com mais confusões. Repense. Pare um instante. Ouvir uma música alta ou grita-la para que você não consiga se escutar, ajuda. Por um momento. Não importa quanto demore. A confusão volta e você se ver machucado novamente. Não fugir é a melhor coisa a se fazer. Por mais que se derrame lágrimas, por mais que se escrevam nomes em sangue em seu coração, por mais que doa a pior dor... Vai ser a melhor formar de organizar umas coisas, esquecer outras, colocar em mente outras e seguir em frente. O passado vai ficar na memória mas não vai te perturbar.

Família.

Acordou devagar, abrindo os olhos pesados, como se não quisesse acordar pra ver o mundo a sua volta. Estava sozinho, como quis por toda a vida. Sempre pedira para morar só, viver só, não ouvir aquelas vozes que pareciam gritar mesmo falando aos sussuros… Mas naquela manhã o céu parecia mais negro, o vento mais frio, o gosto de sua saliva mais amargo. Era a decepção batendo em sua porta e mostrando a tristeza que lhe foi plantada no coração. Sentia falta do calor, do brilho do sol, dos abraços de sua família, dos gritos de seus irmãos, da casa bagunçada e das cantorias aos domingo. Durante muito tempo sentira tanta raiva de sua família que o contrariava que nem fotos tinha mais. Agora percebia que era só a confusão de um adolescente, não gostava de ser contrariado, mas agora contrariava a si mesmo e a tudo que havia dito para si a vida toda, sair de casa era o que sempre quis, mas a gora voltar era preciso. Lembrou-se de sua mãe, queria ver seus cabelos grisalhos de novo. Abriu a porta, saiu correndo.

Música.

Aquele som que te liberta, o que te faz sorrir, o que te faz dançar, o que te faz vibrar, o que te alucina, te enriquece, te ilumina... A música é a união de notas, de letras, amores, ódios, rebeldia, devoções ou só a vontade de liberdade. Aquele som que vibra até suas orelhas chega ao seu cérebro e causa o melhor efeito ou o pior. A música mexe com você de uma forma inexplicável, seja ela aquela que te dá sono, te faz chorar, te anima, te da vontade de dançar ou a que te deixa nervoso por lembrar de alguém. Não a regras pra música. Por que se você não gosta de uma música não quer dizer que não possa existir um lugar pra ela no coração de outra pessoa. Conviva com ela. Talvez ela tenha até uma única frase que mexa com você. Coloque tudo num papel, organize suas emoções e lá está a letra ou pegue seu violão e as notas condizentes a sua emoção vão sair como um grito. Grite a sua música à sua maneira.

Jornal.

Um jornal informa, anuncia, compra, vende, aluga, mostra, comunica e relata. Jornais são vendidos em papel ou assistidos pela televisão, mas existem pessoas que fazem de si um jornal. Em preto e branco ou colorido, sem nome ou anónimo, com o foco ou sem foco, escrito ou falado, falso ou verdadeiro, distorcido ou simples... Por que cada jornal tem um enfoque seja nas outras pessoas ou em si. Não confunda pessoas com curiosidade e sede de informação com os ditos Jornais. O jornais são aqueles que informam a todos tudo seja sobre sua vida ou dos outros, também existem aqueles que vendem-se, mostram-se, aluga-se e anunciam-se, ou seja, fazem de si um modelo para os outros. Eles não precisam ser diferentes. Existem milhares, bilhares, trilhares de jornais iguais, idênticos indiferenciáveis. Os jornais perdem sua identidade própria, sua informação sempre nova e sua característica inédita. Tudo nele é comum e ténue. A cada esquina, a cada rua músicas, pessoas e informações iguais. E desejemos para cada jornal um pouco mais de identidade.

Confiança.

Um aperto de mão, um olhar, um abraço, um sorriso, um simples toque ou um profundo silêncio. Os leigos dizem que a confiança só é conquistada após muito tempo de convivência, me desculpem os que pensam assim, mas algum dia até você que sempre julgou a confiança como algo difícil de se conquistar se deu por vencido e confiou em alguém que mau acabou de conhecer. Não? Pense de novo. Um dia todos se deixam levar por um abraço ou uma presença e deixam os segredos correrem sobre seus lábios, escorrer sobre o seu coração e chegarem ao ouvido de um outro que não lhe segue a muito tempo. Isso por que nos momentos de fraqueza aqueles que estão mais perto são os mais confiáveis e os que estão longe, machucados por que você os machucou, são aqueles que você não suportaria nem por um segundo. Na realidade a confiança se é dada a quem se quer dá, não importa se em um ano ou uma semana ou um dia ou uma hora. Se a conversa flui você solta seus segredos e é contando segredos que nascem os amigos de verdade. Não dê confiança aqueles que só te oferecem dinheiro, não dê confiança aqueles que não conseguem te tocar, naqueles que só lhe escutam, naquele que não sabem amar...

00:00.

Só dois sons se deixavam escutar, seus passos no chão molhado e seu relógio que acabará de tocar indicando a virada da noite. A rua vazia, algumas luzes de casas estavam ligadas, as luzes da rua reluziam nas águas acumuladas em poças, a lua se escondia, talvez, atrás das casas da colina. Ela cruzava a rua a pensar em como o seu coração frio estava. O amor não a aquecia mais a alma. Sua alma carente, aparentemente como as árvores daquela rua, sem folhas, mas até elas eram aquecidas por luzes amarela, que as incendiavam e arrepiavam. Nem um hálito quente havia a tocado nesses últimos meses. Ela amava um navegador, que mantinha amores a cada lugar em que parava o seu navio. Assim ela pensava. Mas ao cruzar a rua, parou, dois sapatos negros a sua frente, uma mão quente em seu rosto e ao fitar aquele rosto, seu sangue foi aquecido pelo coração em chamas. Ele estava de volta. De volta em seus braços até a embarcação sair do porto novamente.

Marcas.

Há várias formas de marcar alguém, marcar com uma frase, um momento, um sorriso, um toque... Essas são as marcas da memória, marcas que te lembraram um momento bom ou ruim. Marcas do coração são as mesmas que as marcas das paixões, aquelas marcas que serão todas por músicas, por fotos, por falas ou por um simples vento. São estas marcas que fazem seu coração bater mais forte, seus olhos encherem de lágrimas e seu lábios cerrarem, sei lá quando for o seu motivo, raiva, alegria, saudade...Mas nunca indeferença. As marcas existem justamente para que você não seja indiferente a algo que se passou em sua vida. As marcas da alma formam um caráter. As marcas da vida formam a superação. As marcas corporais, as que marcam para que os outros vejam, são as que significam as mais diversas formas de se viver um momento ou as mais diversas formas de se mostrar uma história, um gosto, uma superação ou serve como um esconderijo. Seja lá qual for sua marca procure descobrir e usufruir dela.

Manhã.

Esta manhã ela abriu os olhos devagar, diferente de todos os outros dias em que ela acordava e corria para tomar um café frio com pessoas estranhas sentadas ao seu lado, todas elas com cara de sono ou irritadas por acordarem cedo e terem de sentar num cubículo e ouvir reclamações. Levantou devagar e olhou pela janela, muitas pessoas já andavam devagar em direção aos cafés e algumas saiam do café mais rápidas e sorridentes, o café as dispertava mais. Algumas crianças andavam com suas mães, todas elas vestiam-se igualmente com o uniforme da escola; Alguns idosos andavam em direção ao parque, esses eram os que pareciam mais felizes, ela passou a observar só os idosos. Saiu de casa depois de um tempo para observa-los no parque, eles realmente pareciam os mais felizes, ela imaginavam o por que. Afinal, os jovens que ela via ao tomar o seu café todas as manhãs pareciam tão amargurados e esses só teriam passado por poucos conflitos ou confusões que deixassem sua vida amarga. Achou a razão. Os idosos quando novos se lamentaram tantos de poucos dramas, então, quando velhos passaram a ver o tempo que perderam e a aproveitar o melhor da vida.

Talvez Sozinho.

O ar macabro, o deserto escuro, o barulho do vento uivando, as assas da curuja batendo, a solidão, o coração bate forte, a lua não aparece para dar um doce 'toque' no céu, uma floresta de folhas caidas e você se pondo em outro mundo. Comecei com um barulho inocente do vento e terminei num outro mundo. Luís Fernando veio na minha cabeça, lembrei-me da valsa, começa com alguns passos e termina num assassinato, mas ele só queria uma valsa. Talvez eu seja como Veríssimo. Não, estou querendo demais. Talvez eu queira ser Veríssimo. Talvez eu seja só como Coraline, tentando fugir um pouco do mundo. Mas na verdade meu mundo está bem. Talvez eu tenha só viajado um pouco. Talvez você não entenda o lado de alguém que queira fugir de um mundo que você olhando julgue tão perfeito, mas olhar não significa sentir. Então com certeza você já esteve rodeado de pessoas mas parecia não ter ninguém. Se colocou numa multidão em que ninguém olha pra você. Por isso entenda, mas se não entender tudo bem, quando você se sentir sozinho assim, entenderá. Mas olhe pra mim de novo, eu comecei tudo isso com um ar estranho e termino assim.

Mudança.

Mudanças de casa, mundaças de vizinhança, mudaças de vida, de atitude, de rumo, de escola, de vocação, de amores, de amigos, de gostos... Nós mudamos a cada segundo, é incrível como alguns segundos podem te transformar numa pessoa completamente diferente do que você era a segundos atrás. Uma geração nos anos 60 'queria mudar o mundo, mudar o mundo', talvez você seja dessa geração, talvez você sabe soube essa geração, talvez você quisesse ser dessa geração, por que muitas pessoas que não eram dessa geração pensam hoje em como queriam ser parte dela, impor um movimento de mudança aos 'quadrados', propor uma nova forma de ver a vida, a música, o amor, a política... Mudar não significar radicalizar, virar completamente diferente do que você era. Mudar significa renovar-se. Talvez melhor, se melhor, aproveite mudança te possibilita novas experiencias. Talvez pior, se pior, não se preocupe você mudará de novo. 'Uma geração coca-cola' apareceu antes de você, agora você é a 'geração y' como chamam alguns, uma geração tecnólogica, mas fazer parte de uma geração que não marca na história significa não existi, mude. Mude o mundo, as pessoas e principalmente você.
'antes de morrer eu quero ver uma boa mudança nessa geração'

Passado.

Ela fechou os olhos, abriu novamente e olhou tudo que estava ao seu redor, talvez ela nunca quisesse voltar ali. Desceu as escadas devagar, um passo de cada vez, cada passo deixava aquele passado cada vez mais para trás, esquecé-lo era a solução. Ao pé da escada, largou a mala, descidiu deixar até as roupas, cada blusa, cada calça, cada meia, cada peça de roupa lembrava uma história antiga, uma das quais ela queria esquecer. Quando olhou pela janela da casa viu a chuva cair e formar rios de águas turvas e correntes na rua, ostentou a ida, mas a chuva seria boa para lavar a alma. Saiu pela porta e ao sentir a primeira gota da chuva fria, estremeceu. Correu para o carro, saiu disparada, ligou o rádio, uma música que ela não conhecia tocava e ali ela viu que começava uma nova vida, com alma lavada e pneus cantando a sinfônia.

Abraço.

O dicionário, diz: "Abraço: Demonstração de amizade de ligação, união." Todos, dizem: "Abraço: a melhor cura para dor". Já ouvi alguém falar que o abraço é 'a união de dois corações'. Seja lá qual for sua definição, um abraço vale mais que qualquer coisa no mundo. Quando você está triste cada pessoa te dá um conselho diferente pra sua tristeza, mas só algumas dessas te abraçam, essas são as pessoas que sabem que um abraço é melhor do que qualquer palavra ou conselho, por que nessas horas o abraço se torna uma abertura pra suas tristezas mostrarem-se. Quando se está feliz, você abraça todos de uma forma forte e única, é o seu impulso, o impulso de passar boas vibrações. Abraços podem ser saldações, consolos, carinhos... Seja lá o que for o abraço, de quem vinher o abraço, quem receber o abraço, por qual motivo tenha vindo o abraço...
Abraço sempre será a melhor invenção do homem.

http://www.abracosgratis.com.br/

Amizade.

Desde pequeno você começa a se relacionar com desconhecidos que você nem imagina que um dia poderam ser considerados seus amigos. Desde pequena eu sempre quis ter muitos amigos. Um dia eu li uma frase que dizia " Tolos são aqueles que pensam que tem mais amigos do que dedos nas mãos", mas sinceramente eu penso que tenho muito mais amigos do que meus dedos das mãos e dos pé juntos. Amizade pode ter significados, formas, intensidade diferentes, mas tudo se resume num abraço. Amigos para mim são aqueles que te pedem conselhos, que confiam em você e que não precisam dizer 'eu estou aqui pro que você precisar', por que quando eles lhe veêm chamam seu nome, sorriem pra você e quando você estiver triste eles percebem que sua expressão mudou e te abraçam forte sem falar nada, por que não existe uma palavra que defina a emoção e nem um milhão. Eu sei que tenho muito mais amigos do que eu conto nas mãos, eu sei que valeu a pena todas as amizades que construi, por que são verdadeiras e intensas.

Chorar por mim.

Molhei meu chão de lágrimas, pensei que o melhor a se fazer era esquecer, mas ninguém nunca esquece, o que se passou ficou marcado no seu peito e o tempo só transforma em outra coisa, outra forma de sentir. O amor nunca se transforma em carinho, só se transforma em outra forma de amor. Às vezes, o amor se transforma em indiferença, mas quando o amor vem antes da paixão, quando a mais coisas do que a carne... o amor é mais amor a cada dia que se passa. A falta do abraço, a falta do beijo, a falta da voz... vai fazer falta até que lhe doa o coração. Mas, eu não possuo o que eu quero sempre que quero. Meu quarto quente me espera, mas dessa vez eu deixo as lágrimas pra depois.
'agora eu sei o que quero enchergar'

Aventurar-se.

Um dia, na escuridão do seu quarto, depois de um dia cansativo cheio de hábitos e tédio, ele teve vontade de gritar. Sentia necessidade de se encontrar numa praia deserta gritando sozinho sua angustia aos quatro ventos. Ficou isolado, sentindo falta dos amigos resolveu voltar e aventurar-se. O melhor amigo lhe deu a mão, a aventura começou e lá estava ele rindo das desgraças da aventura, por que amigo te abraça e rir nas piores aventuras que tenham. Um dia novamente, ele se viu no quarto escuro sentindo vontade de quebrar toda a casa. Seus amigos lhe esqueceram por segundos e ele os julgou. Fez os amigos sentirem falta, escreveu pra alguém e voltou pros amigos. Riu das desgraças da aventura e aventurou-se mais e mais.
"Sorrindo na luz clara chegando em estéreo quando todo mundo te ama, você nunca pode estar só."

Viver.

Às vezes eu penso que respirar, comer e dormir é o que me faz viver, mas não. Os amigos e a família, minhas melhores companhias, são o que me fazem viver. Depois de uma tristeza me isolei, vivi pouco, vivi pra escola e poucos amigos, muito poucos. Agora eu tenho uma pequena chance de recomeçar a viver novamente. Reclamo que não tenho tempo, mas não me esforço para acha-lo. Voltar a viver vai ser bom, sair com os amigos, ótimo, tocar violão, melhor ainda, escutar as músicas que eu quero, muito melhor... Há sorrisos, muitos deles, risadas gostosas e sem repressão, eu preciso disso agora..

Saudade.

Posso falar que é saudade. Por que eu tenho músicas que me lembram você, tenho momentos que eu só penso na falta que você me faz, tem momentos que eu lembro do seu jeito de andar e conversar, lembro das bobagens que nós faziamos e das risadas bobas que davamos sem precisão, das madrugas dentro da piscina falando de qualquer coisa que nós vinhesse a cabeça... Eu lembro do momento em que eu me aproximei de você, de uma forma estranha depois de um simples momento eu e você nunca mais nos largamos. No dia que você falou que iria embora o mundo parecia parado e eu boba chorava, não acreditava. Às vezes, você some e eu sinto como se algo em mim faltasse. Não há ninguém para substituir o que você significa pra mim.

Nem tempo, nem medo.

Por que não ser mais você? Por que não ser mais livre? Por que não gostar do estrago? Por que não beijar quem você quer? Por que não beijar só por beijar? Por que não abraçar todos? Por que seguir sempre a mesma coisa? Me mudo, me liberto... Espero o tempo passar, afinal me disseram que o tempo resolve tudo, mas quanto tempo dura? De quanto mais tempo eu preciso? Quantas lágrimas mais eu terei que derramar? Por que? Por que não posso estar onde quero, a qualquer hora ou em qualquer lugar? Por que não posso ter você por perto?
Eu quero um carro, quero sair por ai numa estrada sem fim, passar por uma paisagem linda, sentar na grama, olhar a lua, sentir o vento em meu rosto, sentir um mundo em mim... onde eu possa não pensar em nada e viver uma vida que não me atormente. Por que me prendo a costumes e paissagens que são sempre os mesmos? Por que não fugir? Por que não? É o tempo e é o medo.
"sei do escândalo e eles tem razão quando vem dizer que eu não sei medir nem tempo e nem medo"

Untitled.

Estou na "onda" do "quem sou?". Me procuro em livros, me procuro em fotos, me procuro em roupas, me procuro em mim...Mas por incrível que pareça, o lugar onde me procuro e ao mesmo tempo me perco, mais ainda, é em mim. Me desculpem os biologos, os cientistas ou médicos, mas eu não sinto que sou formada por células, tecidos, orgãos, sistemas... eu sou formada por sentimentos, por indecisões, por luz e por escuridão. Agora me digam senhores/doutores, quem sou? Só eu posso responder o que sinto, mas eu me sinto perdida e não me encontro nunca. Às vezes feliz, às vezes triste. A tristeza vem do "quem sou?", da dúvida e da angustia. A felicidade vem do esquecer, do apagar e do presente. Então, agora, que venha a felicidade.

Máscaras.

As máscaras representam meu esconderijo. Esconderijo contra os medos, as preocupações, as tristezas, as frustrações... Máscaras de alegria, sorriso, olhos brilhosos, apertados, cílios batendo, dentes a mostra, buchechas rosadas, maçãs a mostra... Sorrir demais não significa está feliz o tempo todo, sorrir demais significa uma máscara, que se coloca no seu rosto pra esconder o feio sentimento que há dentro de você. Às vezes, uma máscara me cai tão bem que tira-lá não penso e vivo o resto da minha vida assim. Não se preocupe, você sempre será você e no fim de tudo a máscara cairá.

Vontades e Necessidades.

A vontade te faz lidar com algo como se aquilo fosse necessário. Você não precisa de um amor pra ser feliz, mas você quer um amor que te faça feliz. Não precisa de uma música pra um momento, mas quer uma música para marcar aquele momento. Não necessita de um diário para escrever sua vida, mas você sente necessidade daquilo apartir do momento em que a falta te sufoca, nesse momento você torna necessário o que é uma simples vontade. As suas vontades mudam quando você muda, e você será sempre o mesmo mudando o tempo todo. "Questões da ciência, Ciência e progresso, não falam tão alto quanto meu coração." Não adianta esclarecer isso agora, minhas vontades sempre se tornaram necessidades e é quando elas se transformam que eu as realizo.

Viagens.

Quando você faz novos amigos você muda um pouco, ler um livro te muda muito, descobrir novos gostos por músicas, descobrir novos interresses.. você muda a cada segundo e nem percebe o quanto você amadureceu de um instante ao outro. Conhecer lugares novos e culturas diferentes te deixam deslumbrado pelo local, o clima, comida, pessoas, mas o que mais te fascina é a descoberta. Numa viagem você descobre sobre a história, arquitetura, pessoas, cultura, modo de vida, comportamentos e percebe-se como é bom está ali e ver as diferentes formas que se reunem em um único lugar. Voltar de uma viagem te torna outra pessoa, se sua vigem foi encantadora tudo torna-se mais poético, se foi agitada tudo torna-se mais alegre, se foi triste... Como é bom voltar pra casa.

Prazerosos prazeres.

Vontades que vem de repente, sua boca enche de água, entorta, seus olhos apertam, a imagem vem em sua cabeça, sua boca parece sentir tal gosto, sua barriga embrulha tanto quanto for o tamanho da sua vontade, sente-se as primeiras borboletas dançarem em sua barriga, você chega a sentir o cheiro de tal coisa quando sua vontade é tão intensa que sua memória faz você pensar que pode tocar... Enganam-se aqueles que pensam somente nas vontades impostas pela gula. Vontade de abraçar, de está próximo, beijar, acariciar.. vontade de amar mais. Realizar todos esses prazeres é o mais prazeroso da vida.

Festas.

Momento que você vive intensamente as amizades. Momento em que você forma novos laços. Momento de se libertar de toda e qualquer preocupação, deixar seu corpo entrar no ritmo da música, quando menos percebe você estará no meio da sala ou de uma pista de dança, as mãos apontadas para o céu, seu corpo mole como se estivesse em transe e a cabeça não estará seguindo uma linha lógica de pensamento. A festa, seja ela num bar, boate, casa, tento bebida, música ou absolutamente nada.. quando se está com os amigos tudo é festa, a qualquer hora ou em qualquer lugar. Risos, drinques, jogos, danças, cantorias, bebedeiras. A felicidade do momento te invade de muitos modos e não se quer pensar em nada, só viver mais intensamente e ser cada dia mais feliz.

Unir.

Unir? O que? Pra que? Na mutidão ninguém nota se você está "unido" à alguem ou não. Na multidão você é um só, individualista. Unir pra se sentir menos só, mais amado e menos carente. Nos enchemos de amigos, de amores, nos lotamos de amor, carinhos, abraços, beijos.. mostrando o tamanho da paixão que sentimos que não nos deixa seguir sozinhos... afinal, parece ser "impossível ser feliz sozinho". Ser unico não significa ser imprópio para convivio, ser unico significa não ter um igual, mas sim os parecidos. Você sempre terá um alguem ou muitos "alguens" em que você vai ser achar de alguma forma e ser feliz por muitos instantes. Não faça de seus antigos semelhantes atuais inimigos, mas não os ame a ponto de afastar os seus novos semalhantes.

Divas

Por mais fortes e determinadas que se mostrem, por mais frias que se titulem ou mais duras e impermeáveis que sejam.. todas as mulheres tem o seu lado mole, permeável, amável, doce, atraente e sobre tudo, frágil. Todas nós mostramos um ser montado pro ataque quando na verdade só estamos na defesa, se defendendo de todo sofrimento, toda dor e angústia que insiste em nos atingir. Os homens atraem as mulheres pelo fato de mostrarem proteção quando as abraçam, umas mulheres atraem outras mulheres por talvez as deixarem mais frágeis ainda. A dozura está ali dentro de alguma forma.. só lhe resta tentar encontra-la. Basta fazer com que ela se apaixone, depois disso todas seremos bobinhas, cheias de manias e ciumes. Depois que a fizer sofrer ela voltará a ser a DIVA (dura, impermeável, fria, forte e determinada de sempre).

Sureal.

O sonho expressa grandes vontades, medos, emoções momentaneas, mas principalmente o sureal. Sonhar não significa necessariamente o que você faz quando dorme, quando falam "dormindo acordado" quer dizer que você entrou de cabeça no sureal, esqueceu sua realidade e se sente em outro lugar do mundo onde você está no show da sua banda favorita ou ao lado do seu grande amor ou num planeta qualquer, com luzes em seu rosto em que você não é mais você em forma... A viagem é sua. O sureal te melhora, te renova e te deixa mais feliz por alguns instantes. Meu mundo sureal está aqui agora.

Fugir.

Às vezes no auge de um momento desesperado eu quero fugir. Fugir de casa, fugir da responsabilidade, fugir dos amigos, da família, dos barulhos, da luz, do vento ... ou seja lá qual for o momento de tristeza ou raiva. Tento achar um caminho de me isolar músicas, livros, filmes, fotos, um banheiro, um quarto... alguns bebem, bebem muito, bebem mais um pouco e quando voltam a se já estão fora de orbita. Escandalos, choros, risadas, tonturas e enfim o chão. Todos caem ao chão nesse momento e voltam a realidade. A realidade se torna melhor algumas vezes, mas algumas vezes ela piora e lá estou eu de novo tentando fugir do olhar, da critica, da repulsa e me unindo aos amigos a umas risadas, que assim eu fujo da tristeza.

Quando o outono chegar, eu estarei aqui e verei as folhas passarem de verdes à amarelas, caindo sobre o solo úmido e cinza. Enquanto as folhas caem com o peso de uma pluma na cabeça de algumas pessoas, como na minha caia no outono anterior, nesta estação as floras me cairam como tilojos, telhas ou concreto. Eu vejo o outono passar inteiro, desde a primeira folha a cair até o primeiro floco de neve do inverno frio que chega. Quando olho pela janela as crianças já bricam entre as flores da primaveira e percebo que os problemas fizeram com que meu tempo passasse devagar e que me corpo congelasse com minhas lágrimas escorridas.